terça-feira, 7 de abril de 2009

Orlando: sinônimo de Turismo Recreativo e de Entretenimento

O que é que Orlando tem?


Carolina Chagas


Pelo menos um terço dos mais de 43 milhões de turistas que visitam Orlando, nos EUA, por ano está voltando pela segunda ou terceira vez ao antido pântano sem atrativos situado no centro da Flórida que foi eleito por Walt Disney para abrigar seu segundo parque temático em algum momento da década de 60. Os dados são da bem organizada prefeitura local que, graças a incentivos fiscais, conseguiu atrair para a região uma dezena de parques dos mais variados temas, que injetam todo ano US$ 20 bilhões na economia deste Estado e mantêm em níveis bastante razoáveis a ocupação dos mais de 100 mil leitos oferecidos pelos hotéis locais.
Montanhas-russas velozes, uma réplica impecável do castelo dos sonhos da Cinderela, um conglomerado com os mais variados tipos animais, um santuário artificial onde se pode nadar com golfinhos, passeios pelos bastidores dos estúdios de cinema MGM e Universal - com direito a algumas brincadeiras radicais - e bom tempo quase o ano todo são alguns motivos que fazem o turista vir a Orlando e voltar.
Segundo o bureau de turismo da cidade 40 dias seriam necessários a um visitante para conhecer todas as atrações do local - eles estimam que o turista passe cerca de 20 minutos nas filas dos brinquedos, mas esse tempo é superior a uma hora em algumas atrações. Como são raros os donos de férias tão longas, a vontade de ticar todos os pontos talvez possa justificar tantas vindas.

Os quatro megaparques da Disney (Magic Kingdom, Animal Kingdom, MGM Studios e Epcot Center) ganharam no final da década de 90 dois concorrentes de peso: os estúdios da Universal e a cervejaria Anheuser-Busch, que controla os parques do SeaWorld, Busch Gardens e o récem inaugurado Discovery Cove, aberto há menos de três anos. Dezenas de outlets e malls, uma agitada vida noturna - que inclui uma apresentação permanente da trupe circense canadense Cirque du Soleil - e uma boa variedade de restaurantes completam as diversões de Orlando.

A cidade de Orlando é dividida em três principais áreas: os parques da Disney, que ocupam a maior parte; a International Drive, onde estão os parques da Universal e outros menores, e a cidade propriamente dita, com bancos, prédios e escritórios de negócios. Dificilmente um turista chega à terceira parte - a não ser que tenha algum problema com documentação, assaltos ou outros inconvenientes deste tipo.

Com mais de 30 anos de tradição, o império Disney tem de ser respeitado - e visitado. Apesar de não ter nenhuma atração dele mesmo, é aqui, mais especificamente no Magic Kingdom, que está o castelo da Cinderela, a casinha do faz-deconta de Mickey e Minnie, os passeios que recontam as histórias de Branca de Neve, Peter Pan, Buzzy Lightyear e do ursinho Puff. Não tem criança menor de 10 anos que não se encante com o local, que tem mais de 40 atrações divididas em sete áreas, chamadas de lands (terras). No Epcot Center, os países e suas mais diversas tradições são a grande atração.

Os animais de verdade brilham no Animal Kingdom. Tente chegar bem cedinho ao Kilimanjaro Safári, uma das atrações do imenso parque, para ter a sorte de ver elefantes, leões, rinocerontes e outors animais despertos - quando o sol fica mais forte eles adormecem embaixo das sombras e o passeio perde parte do encanto.

Lançado no final da década de 80, o Disney-MGM Studios dobrou de tamanho nos últimos anos. Ao lado dos bastidores de cinema, seriados de TV e espetáculos da Broadway, o parque tem agora atrações de tirar o fôlego, como a montanha russa da banda Aerosmith. Um dos charmes do local são as lanchonetes temáticas, que repetem os cenários imortalizados pelos filmes e seriados do estúdio. Não deixe de pedir um milk-shake no Primetime Café do parque. A bebida é especialmente preparada e o cenário o levará de volta aos anos 50.

É nos limites do resort da Disney que acontece nas noites de terça a sábado - em dois horários - o espetáculo La Nouba do Cirque du Soleil. O local dos shows foi especialmente projetado para a empresa canadense de malabaristas e todos os assentos oferecem boa visão do espetáculo. As cadeiras no centro da arquibancada são as melhores, já que grande parte das estripulias é feita alguns metros acima do palco. O espetáculo dura 100 minutos e é inesquecível.

Construído com a ajuda profissional de Steven Spielberg, o estúdio da Universal coloca seu visitante dentro dos filmes por ele produzidos. Atmosferas de "De volta para o Futuro", "Homens de Preto" e "Tubarão" são replicadas no local que tem ainda uma grande variedade de brinquedos com água, show de dublês e lanchonetes temáticas. Uma dica: se você não quiser sair totalmente molhado e ver uma platéia rindo de sua cara, não se aventure a integrar as brincadeiras armadas nos palcos improvisados pelos dublês.

O mais novo parque do complexo Universal é a mais concorrida atração da cidade. Na Universal Islands of Adventure, o trem-fantasma/ montanha-russa do Homem-Aranha ainda é a grande diversão. Criada com a consultoria cuidadosa de Spielberg, a atração combina movimentos bruscos e subidas e descidas com simulações de cinema 3-D. O Incrível Hulk, Betty Boop, Recruta Zero, Jurassic Park são temas de outras atrações do parque.

Animais vivos são o grande atrativo dos três parques administrados pela cervejaria Anheuser-Busch. Muito bem arborizado, o Busch Gardens nasceu de um projeto paisagístico dos donos da marca. Situado na cidade de Tampa, a uma hora e meia de Orlando, o parque combina montanha-russa e outros brinquedos radicais com 320 espécies de animais - incluindo 24 espécies ameaçadas de extinção.

Comprado pela marca de cervejas no final do anos 80, o SeaWorld é um dosm ais antigos parques de Orlando. Alimentar e tocar animais marinhos continua sendo o principal diferencial do local que também tem montanha-russa, tobogãs e outros brinquedos para os que gostam de ficar de cabeça para baixo. O parque conta ainda com o melhor e mais bonito restaurante do centro da região, o Sharks Underwater Grill, um restaurante aquário que serve uma bela posta de salmão a um preço bem razoável.

Numa área vizinha ao SeaWorld, o terceiro parque da cervejaria, o Discovery Cover, é um recanto de paz na movimentada Orlando. Apenas mil pessoas são admitidas aqui por dia. Por trinta minutos, acompanhado de um instrutor, um grupo de sete pessoas - nenhuma a mais! - pode nadar com golfinhos. Mias de 200 passáros aqui criados passeiam entre os turistas que ainda podem nadar em uma lagoa com raias de ferrão lixado ou nas praias artificiais de areia branquissíma, que reproduzem os cenários do Caribe. O passeio é o mais caro da cidade e exige reserva antecipada - que deve ser feita na mesma hora da compra da passagem ainda no Brasil. Nadar com golfinhos ao alcance das mãos, no entanto, é uma aventura que vale todo o esforço e investimento.


Veja algumas imagens abaixo das atrações dos parques:











Fonte: Revista Tam Viagens. O que é que Orlando tem?, Carolina Chagas. Junho de 2003, número 10

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